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Não temos a nossa viagem completamente definida, sabemos alguns pontos que queremos visitar, mas de uma forma geral está tudo em aberto e vamos decidindo dia a dia. Estávamos em Bolonha e sabíamos que o próximo destino que tínhamos marcado era a Amalfi Coast, mas até lá tínhamos muita estrada para andar e, portanto, podíamos e devíamos parar em alguns pontos. Recebemos uma mensagem de um seguidor a dizer para não perdermos Val D´orcia, as Terme di Saturnia também ficavam a caminho, olhamos para o mapa e o vulcão Vesúvio e Pompeia também. Pronto, tínhamos encontrado um trajeto fixe até à costa.

Val D´orcia é um vale atravessado pelo Rio Orcia. É uma região da Toscana, a sul de Siena, caracterizada pelas colinas cultivadas, cidades e vilas pitorescas que surgem de quando em quando. Fazer aquela estrada foi lindíssimo, estávamos constantemente a parar para apreciar a vista. Vilas medievais com torres altas, ciprestes enormes, zonas de vinha, muita vegetação, casas rurais, mas acima de tudo uma paz e uma tranquilidade maravilhosas. Cada paisagem parecia-nos um postal ilustrado. Visitamos a pitoresca e bonita Capella della Madonna di Vitaleta, em San Quirico d´Orcia, que parece perdida no meio dos campos de trigo. É bastante conhecida nesta zona e faz jus à sua fama porque é realmente bonita e a sua envolvência também.

Terme di Saturnia, pusemos no GPS e ele mandou-nos por um caminho horrível pelo meio do monte. Buracos e mais buracos, nada a que não estejamos já habituados aqui em Itália. Sim, porque os acessos aqui são horríveis, tendo em conta que andamos sempre por estradas nacionais. Andamos há dois meses na estrada e nunca vimos estradas tão más como em Itália. Tem sido uma verdadeira aventura conduzir aqui… mas adiante. Segundo o GPS tínhamos chegado ao destino, mas nós estávamos num parque de estacionamento com um edifício todo xpto a dizer “Termas” (privadas) e não nos parecia nada daquilo. Fomos então ao Sr. Google e descobrimos que as termas que procurávamos se chamam “Cascate del Mulino”. Ficam a 1 min dali, são públicas, não se paga nada e tem parque de estacionamento, mas …com barreira, ou seja, a Pingu não passou. Demos umas quantas voltas por ali mas não conseguimos arranjar sítio para estacionar, não porque estivesse cheio de gente, mas sim porque não há estacionamento. Uns 3 km à frente descobrimos um parque de campismo e decidimos que ficaríamos por lá.  O tempo estava super incerto, previsão de chuva por isso preferimos ficar na Pingu a descansar e no dia seguinte bem cedo sair para as termas. E assim foi, 7h da manhã estávamos nós nas bicicletas prontos para um banho quente. Durante o caminho fomos sentindo o leve odor a enxofre. Quando lá chegamos estava tudo muito tranquilo, pouca gente, conseguimos levantar o drone e perceber a dimensão daquilo. É realmente um sítio muito bonito, super natural, com água azul turquesa a 37 graus, independentemente da altura do ano. São umas termas a céu aberto, com banheiras de pedra formadas há milhares de anos pela deposição de calcário. Um inconveniente deste lugar, não há comboios para lá, só autocarros. E pelo que investigamos tem que se apanhar dois autocarros. O primeiro deles é o 41P que sai de Grosseto e passa em Albinia em direcção a Manciano. Custa 4.50 eur por pessoa. Depois em Manciano terão que apanhar outro autocarro, o 17P, para Saturnia que custa 2.60 eur.

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Saímos em direcção à costa a pensar que seria um passeio maravilhoso e… revelou-se um pequeno pesadelo. Sabíamos, pelo que lemos e pelo que nos disseram, que a zona de Nápoles era perigosa para pernoitar, e mesmo para visitar com a Pingu. As pessoas com quem falamos desaconselharam-nos a fazê-lo. Mas acreditem que não é apenas a zona de Nápoles, toda a costa que percorremos até Roma e depois de Roma até Nápoles é feia. Vamos ser sinceros convosco, depois do que vimos, o encanto de Itália caiu um pouco por terra. Tudo muito sujo, lixo no chão de há meses e meses, torres de sacos plásticos deixados ao abandono, muita prostituição, estradas horríveis cheias de buracos, trânsito infernal e confuso, ninguém respeita regras nem sinais, cidades super desordenadas, bairros de lata por todo o lado, construções muito feias e sujas, enfim…uma decepção. Podemos dizer que aqui sentimos insegurança, sim! Andávamos na Pingu sempre com as portas fechadas e não ponderamos dormir noutro lado a não ser num parque de campismo.

Chegados a Pompeia, fomos procurar o parque de campismo que tínhamos visto no Park4night: Fortuna Village Pompei. O parque era não só de campismo, mas também de estacionamento, mesmo no centro de Pompeia, em frente às ruínas. Começamos a planear então a nossa visita ao vulcão e à cidade. Por norma seguimos as indicações que nos dão nos parques onde ficamos ou então se ficarmos em spot selvagem procuramos o posto de turismo. Aconselharam-nos a não fazer a subida ao Vulcão Vesúvio muito cedo pois a neblina poderia não levantar e as vistas ficariam comprometidas. Decidimos então sair do parque a meio da manhã, por volta das 11h, e apanhar o autocarro público EAV, junto à estação dos comboios (o bilhete compra-se no próprio autocarro). Cada viagem neste autocarro custa 3.10 eur, por pessoa. Contudo estarão lá imensas pessoas de empresas privadas a quererem vender-vos viagens a 10 eur. Na nossa opinião não vale a pena, nem pela qualidade dos autocarros, pois é exactamente igual. A viagem até ao vulcão dura aproximadamente 30 min. O autocarro deixa-nos numa zona de estacionamento e o resto tem que se fazer a pé. Mal chegamos entrou uma senhora no autocarro para nos vender os bilhetes para a subida do vulcão, 10 eur por pessoa. Há malta que compra a entrada online, mas quando lá chegam tem que trocar esse voucher pelo bilhete, e para o fazerem têm que descer 300 metros. Ou seja, não vale a pena, o valor é o mesmo e poupam as pernas, pois vão precisar delas. Estávamos então prontos para começar a subir o vulcão. É uma caminhada de 30 a 40 minutos sempre a subir, com terreno em terra batida, com muitas pedras soltas, o que cansa mais um pouco, mas devagar faz-se bem. Há imensas crianças e pessoas idosas a fazer este percurso, por isso… Na chegada à cratera há um meeting point onde está uma pessoa a informar que existem guias de diferentes línguas no decorrer do percurso. Juntamo-nos então a uma guia que falava inglês e aprendemos algumas coisas. O Vulcão Vesúvio é o único vulcão na Europa continental a ter entrado em actividade nos últimos 100 anos e a qualquer momento pode voltar a entrar. A sua erupção em 79 foi uma das mais conhecidas e catastróficas erupções vulcânicas de todos os tempos. Ele espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e fumo a uma altura de mais de 30 km, cuspindo lava a uma proporção de 1.5 milhões de toneladas por segundo e libertando no total uma energia térmica centenas de milhares de vezes maior do que a do bombardeamento de Hiroshima. Estima-se que 16.000 cidadãos de Pompeia e Herculano morreram devido aos piroclastos com temperaturas superiores a 700º C. Desde 1860, quando escavações sistemáticas passaram a ser realizadas em Pompeia, os arqueólogos descobriram nos limites da cidade, as cascas petrificadas dos corpos decompostos de 1044 vítimas. E depois de sabermos disto tudo, ali estávamos nós junto à cratera do Vulcão Vesúvio. É um misto de sensações. Desde deslumbramento até ao frio na barriga … de insegurança. Obviamente que aquilo tem todo um sistema de segurança, que se o vulcão se lembrar de entrar em actividade, saber-se-á com antecedência. Mas estar ali tão próximo de um bicho daqueles adormecido, impõe respeito…até porque em algumas zonas ainda se vê fumo a sair da cratera! A vista para a cidade de Nápoles durante todo o percurso da subida, assim como de lá de cima, são brutais. Aconselhamos vivamente esta experiência, afinal não é todos os dias que temos oportunidade de subir a um vulcão.

Depois de termos estado no vulcão e termos ouvido tudo o que ele causou, tínhamos obviamente que ir ver de perto os danos. Decidimos então visitar as ruínas da cidade antiga de Pompeia. Pagamos 15 eur por pessoa e fomos conhecer a cidade que foi redescoberta, sob a espessa camada de poeira e detritos, e que estava aparentemente intacta. O recinto é realmente grande, peçam um mapa na entrada e levem água e comida. Caminhamos largas horas por lá e a cada passo ficávamos pasmados com o estado das coisas. Afinal a cidade tem 2000 anos e foi completamente destruída pelo vulcão, mas está num estado de conservação inacreditável. Vimos desde as casas, aos anfiteatros, às lojas, há casas onde se vêm inclusive pinturas nas paredes. Caminhávamos naquelas ruas e conseguíamos sentir a vida e o dia a dia das pessoas há 2000 anos atrás. O mais incrível nesta visita foi, sem dúvida, vermos os corpos de pessoas que foram apanhadas de surpresa por esta catástrofe. É uma visita bastante intensa, mas adoramos conhecer Pompeia.

Para fazermos Amalfi Coast iríamos ter o mesmo problema que para fazermos Cinqueterre, portanto optamos pela mesma solução: deixar a Pingu num parque de campismo. Pelo que investigamos, Sorrento é a cidade com mais oferta e com preços mais em conta na zona. Pesquisamos alguns parques de campismo e escolhemos o Santafortunata. Ali seria o nosso ponto de partida. Há várias formas de visitar Amalfi: de carro, o que não nos pareceu boa opção pela perda de tempo no trânsito e lemos que as estradas são um pouco estreitas. De autocarro, mas estamos sempre dependentes dos horários e alguns vão bem cheios. De barco, mas ficamos mais dependentes. E de mota…pareceu-nos a opção indicada! Não há trânsito (porque nenhuma mota em Itália espera numa fila), não há horários, paras onde quiseres e muito importante ainda, o estacionamento. Alugamos a mota no parque de campismo e pagamos 35 eur por dia. Saímos bem cedinho, como de costume, para aproveitarmos bem o dia. Demoramos uns 45 minutos até Positano, a vila mais concorrida da Amalfi. Numa manhã de junho e àquela hora já estava fila para descer para a vila. Como de mota não há filas, nem há dificuldade em estacionar, foi só chegar e começar a caminhar até ao centro. Uma vila muito pitoresca, com as casinhas todas coloridas numa encosta virada ao mar, ruas estreitas e íngremes com imensas lojas, uma igreja muito bonita, Chiesa Di Santa Maria Assunta, e acabamos a caminhada na praia a ver a vila de outro ângulo. As praias são privadas e pelo que averiguamos paga-se 15 eur por pessoa para as frequentar.

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Praiano é uma vila muito pequena, com uma marina e uma praia sem areia, o acesso é feito por uma escadinha de metal. É aqui a única praia da costa amalfitana que é iluminada pelo sol até ao final da tarde.  Tem uma igreja com uma cúpula muito bonita, Igreja de San Gennaro.

Fiordo di Furore, é a praia que dizem ser a mais fotogénica da Amalfi. Praticamente escondida na estrada que liga Positano a Amalfi. Têm que ir com atenção, senão passam e nem dão conta, tal como nos aconteceu. Este pequeno fiorde é formado por um braço de mar que entra por um desfiladeiro e acima passa uma ponte que é a cereja no topo do bolo. A cor da água é qualquer coisa entre o azul e o verde, lindo! Vale bem a pena a paragem, para nós de mota foi super fácil, mas para quem vai de carro ou autocarro não existe local para paragens.

Amalfi, a maior das vilas desta costa e a que lhe dá o nome. Tem zona de praia com bares e restaurantes, mas o que mais nos impressionou foi a Catedral Sant´Andrea. Grande, imponente, com uma escadaria enorme e a fachada repleta de bonitos padrões. Fomos então à procura do nosso restaurante para almoço: Pizzeria Donna Stella. Tivemos que pôr no GPS, porque doutra forma não chegaríamos lá. Fica numa rua escondida, num beco, e ao subirmos as escadas do restaurante, deparamo-nos com um cenário encantador repleto de limoeiros. Se algum dia forem a Amalfi não percam a oportunidade de irem a este maravilhoso restaurante. Um ambiente super familiar e acolhedor, longe daqueles restaurantes turísticos, funcionários muito simpáticos e a comida…bem, essa não há palavras, divinal mesmo! Ali almoça-se debaixo de limoeiros, então há imensos pratos na lista com o limão como ingrediente. Escolhemos uma pizza e uns raviolis de limão, e para terminar um tiramisu de limão e um limoncello. Que almoço maravilhoso. Iremos lembrar-nos deste almoço por muito tempo!

Para chegarmos a Ravello, ainda tivemos que andar um bom bocado, aí uns 20 minutos sempre a subir, pois a vila não fica próxima do mar, mas sim no cimo dum monte. Por isso as vistas de lá são espetaculares. Dizem que a paisagem mais bonita é dos jardins da Villa Cimbrone, a entrada custa 7 eur por pessoa, mas decidimos não entrar pois o tempo estava super enublado e não iríamos desfrutar. Contudo demos uma volta na vila, vimos o Duomo de Ravello, que fica numa praça muito bonita e caminhados por aquela encosta carregada de limoeiros.

Minori e Maiori, são duas pequenas vilas plantadas à beira mar. Pelo que nos apercebemos em Minori a praia será paga, mas em Maiori a praia é pública. Aqui aproveitamos para usufruir de uma esplanada, beber uma cerveja e aproveitar o sol escasso.

Na nossa opinião este trajecto faz-se bem em apenas um dia, contudo nós decidimos fazer em dois para aproveitarmos mais e fazermos as coisas nas calmas. Como seria de esperar sobrou-nos tempo, por isso aproveitamos que tínhamos a mota e fomos dar uma volta a Sorrento. Esta é uma cidade bem maior, diferente das típicas vilas da Amalfi coast, apesar de ser também bastante turística. As pessoas ficam ali alojadas em campismos, hotéis, pousadas, para posteriormente visitarem Amalfi coast ou mesmo Capri. Tem uma rua com bastante comércio e uma grande marina de onde saem os barcos para visitarem as redondezas.

Seria uma pena vermos Capri à nossa frente, literalmente, e não a visitarmos. Do nosso parque de campismo, a ilha de Capri era a nossa vista matinal. Decidimos então pesquisar os preços na marina de Sorrento e pareceu-nos uma boa opção. De salientar que comprar os bilhetes online fica mais caro que comprar no local. Fazemos sempre esse exercício para poupar um pouco, e até agora, online fica sempre mais caro. Não se entende! Compramos então os bilhetes na companhia mais barata, Caremar, bilhete de ida 16.90 eur e bilhete de volta 14.40 eur (por pessoa). Fomos no primeiro barco da manhã e regressamos no último, ao final da tarde. A viagem demora cerca de 20 min. Chegamos lá bem cedo e estava muito nevoeiro, então decidimos primeiro visitar a ilha e depois mais tarde aproveitar a praia, quando o tempo abrisse. Foi mais uma vez a melhor opção, essa e alugar uma mota! As filas de autocarro são intermináveis e para visitarmos tudo, fazermos praia e darmos um passeio de barco, ia ficar apertado. Alugamos uma mota na marina de Capri por 40 eur 3h. Um pouco caro, mas acreditem que valeu imenso a pena. Se vissem as filas para o autocarro, certamente não se importariam de pagar 40 eur. As 3h são suficientes para dar a volta à ilha e ver tudo. No local onde alugamos a mota deram-nos um folheto onde indicava os principais pontos a visitar, como se ia para lá, onde se podia estacionar a mota, etc. Perfeito… papinha toda feita, foi só seguir as indicações e 3h depois estávamos lá com tudo visto. Não dá para se aventurarem a ir a pé para Capri porque as ruas são mesmo íngremes e ainda fica um pouco longe. Então há a opção de um funicular que liga a marina ao centro da vila.

Bem melhor do que ...

esperar na fila do bus!

Já montados na mota, parámos no centro de Capri, visitamos a Piazzeta (praça central), passamos na Via Camerelle, a rua das lojas de luxo e vale a pena continuar pela Via Tragara até ao fantástico miradouro com vista para os Faragalioni. Dali seguimos viagem para Anacapri, uma vila também muito bonita, de onde saem umas cadeirinhas (11 eur ) para visitar o Monte Solano, de onde se tem as melhores vistas da ilha. Mais uma vez não subimos porque a vista era cinzenta, de tão enublado que estava. Almoçamos em Anacapri, uma fatia de pizza por 2,50 eur, e levávamos na mochila umas batatas e bebidas compradas no supermercado em Sorrento. Visitamos o Farol di Punta Carena, que pela sua localização é um dos mais importantes de Itália. As vistas de qualquer lado da ilha são realmente bonitas, mas não tivemos grande sorte com o tempo.

Depois do almoço o tempo começou então a abrir e decidimos ir dar um mergulho. Mas… tivemos que procurar no google as praias que não são pagas. Encontramos uma ali próximo da marina “ Spiaggia di Cala Grande”. Água azul turquesa, tranquila…estávamos bem. Mas achamos que aquele sol seria de aproveitar para termos outra visão da ilha, uma vez que a conhecemos “escura”. Compramos então bilhetes de barco, 18 eur, para dar a volta à ilha. Esta volta não incluía a visita à Gruta Azul, pois a maré estava cheia e não se conseguia entrar na gruta. Ficamos com pena, claro, mas deixamos aqui a dica: se pretenderem visitar a gruta, quando chegarem a Capri vejam os horários da gruta e comprem logo bilhete. O preço do barco não inclui a entrada na gruta, tem que se pagar mais 14 eur por pessoa para entrar lá num barco a remos. A volta de barco vale bem a pena, temos uma noção e uma perspectiva completamente diferente da ilha.

Capri vista do mar tem realmente mais encanto, vale a pena fazer este passeio!

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Estes dias por Itália fizeram-nos atingir o limite do budget mensal, com parque de campismo, aluguer de motas, bilhetes de barcos, etc. Temos imenso cuidado nos gastos, levamos sempre comida connosco, tentamos ver os melhores preços de tudo, mas tudo junto acaba por pesar. Acreditamos que daqui para a frente vamos voltar a equilibrar tudo, vamos fazer uma viagem mais “wild” no sul de Itália, não há tanta coisa para visitar e gastar dinheiro e vamos tentar aproveitar mais a beleza natural e as praias…que dizem que são as mais bonitas … Estamos cá para ver, e tu?

Sejam felizes,

Mochileiros

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